não conheço o amor. tens medo, mas eu não. mais valia ter.
simplesmente sentia que não tinha sido recompensada justamente por aqueles anos todos. Achava que um mês inteirinho na praia não chegava, nem horas e horas diante de um computador a fazer o que mais gostava. Foi até à mais alta janela da casa e respirou fundo, desejou desaparecer para sempre, porque apesar de ter uma praia durante 30 dias, tinha a certeza que ainda não tinha conhecido uma única pessoa que valesse a pena.
não, nem sempre é fácil. gostaria de poder dizer que, todos os dias quando acordo, há qualquer coisa garantida que me faz feliz. mas não vejo hora disso acontecer. quando parece que o trilho se vai formando, há uma porção de pedras que o vão atropelando. sem saber, encontro constelações na noite, mas jamais as conseguirei descodificar. isto poderia ser uma metáfora, mas não é.
sou uma pessoa que nunca está satisfeita totalmente. há sempre um vazio a preencher. vivo constantemente numa corda bamba vertiginosa. coração nas mãos, alma desfeita. um dia haverá uma forma de nos esquecermos de tudo. de olharmos para sítios e não nos lembrarmos de pessoas importantes que por um motivo ou por outro já não existem nas nossas vidas. haverá forma de camuflar a tristeza. limpar as lágrimas apenas em momentos perfeitos.
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