Em casa dela eu era feliz. Acordava todos os dias e prosseguia para a casa de banho da janela desprotegida. Mas o que eu gostava na casa dela e não tinha em mais nenhuma outra, era que logo depois que eu regressava ao silêncio que o barulho da água tinha engolido, soava uma melodia vinda da sala. Era ela que fazia questão de escolher uma música para o meu dia. Às vezes era jazz, e eu sabia que era dia de trabalho, às vezes era rock e eu sabia que era sexta-feira (se ainda não tivesse percebido). Mas às vezes eram apenas acordes de piano, e eu nesse momento sabia que ela precisava de um beijo mais doce que todos aqueles que eu já lhe tinha dado. Nesses dias nós éramos ainda mais felizes, porque o amor nunca tinha fim.
E as manhãs na casa dela eram como nenhumas outras, porque eu amo-te minha querida.

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