quando me sento no estirador não tenho a mínima vontade de desenhar o que quer que seja. os homens que vou conhecendo são apenas um punhado de berlindes que guardo no bolso. aguardo chamadas, aguardo mensagens, aguardo que uma das minhas melhores amigas que namora com um dos melhores amigos dele me dê notícias. resolvo problemas com esforço, tenho uma pilha de roupa no sofá do quarto, a cozinha grita para ser alinhada e preciso desesperadamente que a minha pele se bronzeie. a televisão tem o volume demasiado alto e começou a chover lá fora. eu lembro-me de gostar de chuva, quando eu me entretinha entre mantas e canecas de chocolate.

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