Ouviu-se jazz desde as cinco da tarde. 12 horas com melodias escorreitas que apenas aquecem e preenchem o ambiente. Mas agora exige-se silêncio. Pousámos os lápis e baixámos as luzes. Há uma resma de folhas já pronta, outra resma com pormenores em falta, e outra - por fim - com desejos irrealizáveis em branco. Achamos sempre que podemos ser melhores, mesmo quando se faz tanto. Agora o lábio inferior lateja por causa do frio que ousou piorar nestas datas. Os aviões começam a descolar - oiço-os. Quero tanta coisa e ao mesmo tempo só quero estar aqui, com a roupa das nove da manhã de ontem.